A bela concilia a paixão pela festa com rotina de mãe, a vida profissional e os estudos

O Samba é um patrimônio nacional, tipicamente brasileiro. Ele faz parte da vida de quem se dedica ao Carnaval, criando laços e construindo uma verdadeira família em torno de uma paixão. Não foi diferente com Deyse Cristina Ferreira, mais conhecida como Nega Deyse. A Paulistana de 30 anos carrega no sangue a paixão pela festa anual desde criança, com o incentivo mais que especial de sua família. Essa história começou quando ela acompanhava os ensaios de rua e hoje é reconhecida como um importante marco de sua vida.

“Ainda na escola eu estava sempre em movimento, tanto que as aulas de Educação Física eram as minhas favoritas. Eu jogava vôlei e depois comecei a treinar em uma academia para ter mais qualidade de vida e manter a saúde mental em dia. Em uma dessas buscas por técnicas que podiam me ajudar esse ritmo, descobri que aliar exercícios físicos e samba no pé daria certo” conta.

O grande “boom” para que ela ingressasse de maneira profissional do Carnaval de São Paulo surgiu través de um contato com Mãe Cleusa, carnavalesca reconhecida no mundo do Samba e estimado por todos que acompanham o segmento. “Ela me ensinou muito sobre postura, história do samba, a importância da elegância e, claro, os valores, integridade moral e o alcance de objetivos. Mãe Cleusa faleceu, em 2010, mas sua história é extremamente significante e está marcada em mim” diz.

Em 2011 Deyse participaria do concurso que elegeria a corte do Carnaval do próximo ano, mas com em razão do falecimento de Mãe Cleusa ela deixou de lado o desejo em participar da competição. Deyse conta que durante o período em que Mãe Cleusa estava em tratamento médico as cobranças continuavam. “Era muito estimulante saber que ela se preocupava comigo mesmo em um momento de fragilidade. Isso me dá forças, até hoje, para jamais pensar desistir de algum sonho” acrescenta.

Hoje Nega Deyse ocupa o posto de Rainha da Rainha Tradição Albertinense. Mesmo conciliando sua rotina como mãe, a vida profissional e o curso profissionalizante como Técnica de Enfermagem, ela não desanima e nem tira o Samba do pé! “Sigo meu caminho em busca de transmitir um pouco das paixões que me movem e me completam. Hoje me sinto realizada e feliz com as escolhas que fiz” finaliza.