Não é toda mulher que já sai da maternidade com uma milagrosa barriga chapada, a realidade da maioria das mulheres que acabaram de ser mães é um abdômen inchado. Mas antes de correr para a sala de cirurgia plástica, respire e leia as dicas dos especialistas para recuperar a antiga forma sem ter que encarar “medidas drásticas”.

Método Renata França:

Queridinho das famosas e conhecida como “massagem milagrosa” por reduzir o inchaço e medidas já na primeira sessão. Usado por Anitta, Fernanda Souza e Ivete, o método é recomendado pela esteticista Rebeca Lopes, da Clínica Bem Bonita (RJ), no pós gestação. Com toques mais firmes e mais precisos, as manobras de deslizamento utilizadas são mais profundas, sem causar nenhum tipo de hiperemia.

“É necessário a liberação do médico pois o mesmo acompanhou a parte e conhece patologias e fisiologias da paciente, portanto é o profissional indicado para liberar a mamãe a começar os estímulos. Os benefícios são: Eliminação de toxinas, diminuição do inchaço, oxigenação do tecido, auxílio no processo de cicatrização e regeneração tecidual pós-parto. Além da melhora no sistema imune”, explica Rebeca.

Drenagem linfática:

Favorita das mamães a drenagem linfática é a recomendação da esteticista Natalia Nascimento, da clínica que leva seu nome (RJ). Os movimentos suaves e lentos estimulam a circulação reduzindo a retenção de líquidos.

“Como a drenagem é uma técnica que ajuda na eliminação das toxinas e excesso de líquidos através da urina, o inchaço diminui. O médico precisa liberar a mamãe para que o procedimento seja feito. Na maioria das vezes, os obstetras liberam logo após o parto. Vale ressaltar que a drenagem não emagrece. Ela apenas ajuda na redução de medidas decorrentes do acúmulo de líquidos”, orienta Natalia.

LPF – Low Pressure Fitness:

A fisioterapeuta Gabriela Brinques, GB& Fich , indica o LPF – Low Pressure Fitness, também conhecido como barriga negativa. O programa indicado é composto por 12 sessões que podem variar de 40 minutos a 1 hora, realizado 1 a 2 vezes por semana. E ainda 5 minutos diários que são realizados em casa, com a prescrição do profissional habilitado.

“É um sistema de treino baseado na técnica hipopressiva que combina reeducação respiratória, através de pautas posturais, alongamento miofascial e neurodinâmica, e tem como objetivo normalizar e estabilizar os níveis de pressão interna do abdômen, sem excessos de pressões. E nessa fase pós-parto as pressões internas do abdômen estão desestabilizadas”, aconselha a especialista.

Entre seus benefícios podemos citar: recupera o abdômen pós-parto e auxilia na recuperação da diástase abdominal, que é a separação do músculo reto abdominal para estender a barriga e acomodar melhor o bebê. Além disso, melhora a postura, tonifica a musculatura de toda a parede abdominal, inclusive do assoalho pélvico, com isso reduz sintomas de incontinência urinária. Promove melhora postural e respiratória, previne lesões articulares e musculares e ainda confere uma proteção lombo-pélvica, evitando dores e desconfortos nessa fase adaptativa da mulher.

“É importante que a mamãe procure uma profissional que seja habilitada no método, e faça uma avaliação para saber as condições musculares e conhecer o método. No geral, para quem fez parto, parto vaginal (sem laceração), já pode iniciar após uma semana, mas para quem fez parto vaginal com laceração e cesariana recomenda iniciar as sessões de LPF em 45 dias”, orienta Gabriela.

Pilates

A fisioterapeuta Hilana Picoli indica o pilates para a recuperação do abdômen pós gestação. Entre seus benefícios a especialista cita: fortalece o corpo numa forma geral, evita a depressão pós-parto, melhora a postura e recupera a forma física.

“No pós-parto é muito importante trabalhar o core, fortalecer com contração isometria do músculo transverso do abdômen e mobilização pélvica com contração do músculo rero do abdômen são ótimos no pós-parto não esquecer de trabalhar o assoalho pélvico também”, orienta.

Se o parto tiver sido normal deve se esperar 30 dias e em casos de cesárea 45 dias para voltar as atividades físicas, sempre com a liberação do médico.

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