A “Síndrome do Degrau Quebrado” é uma metáfora que surgiu nos Estados Unidos a partir de um estudo da consultoria McKinsey que demonstrou o desequilíbrio da participação de mulheres e homens em posições de liderança nas organizações.

A metáfora aponta a facilidade dos homens ascenderem na carreira, “subindo uma escada rolante, enquanto a mulher precisa subir uma escada de madeira quebrada, com salto alto, tentando equilibrar de um lado a sacola do mercado e no outro a criança no colo”, brinca Monique Stony, psicóloga e executiva de Recursos Humanos, e autora do livro “Vença a Síndrome do Degrau Quebrado”, lançado recentemente pela Editora Gente e tendo já conquistou o título de best-seller, na categoria de negócios pela PublishNews.

Segundo Monique, a síndrome do degrau quebrado é consequência de séculos de inequidade de gênero. “Embora as mulheres já sejam maioria nas universidades do País, quando observamos os cargos de liderança, elas são minoria. Ocupam 37% dos cargos gerenciais, 17% dos cargos de alta liderança e apenas 3% dos cargos de presidência. E aí tem um fato ainda mais triste que é quando a mulher decide se tornar mãe e volta de licença maternidade. Em torno de 50% dessas mulheres deixam o mercado de trabalho”, lamenta.

Com uma carreira já consolidada na área de Recursos Humanos, Monique deu à luz justamente no dia em que foi decretado o lockdown da pandemia de Covid-19 no Rio de Janeiro. “Eu era mãe de primeira viagem, já tinha programada toda uma rede de apoio em casa, já que eu e meu marido trabalhamos fora e, com o fechamento, tudo isso ruiu e me vi sem chão. Foram alguns meses tentando entender o que estava acontecendo, até que me caiu uma ficha, de que eu não era a única passando por aquilo e provavelmente outras mulheres também enfrentavam o mesmo problema”, conta.

Foi quando a psicóloga lançou o movimento “Mães na Liderança”, a partir de um perfil no Instagram (@maesnalideranca) no qual ela compartilha conteúdos relacionados à maternidade e carreira profissional.

Em relação ao projeto de lei aprovado pela Câmara dos Deputados no último dia 4 de março, que estabelece igualdade salarial entre homens e mulheres, Monique afirma que a legislação “veio tarde demais”. “Dados do Fórum Econômico Mundial apontaram que se nada for feito em relação a ações afirmativas ou uma lei nesse sentido, devem demorar ainda 132 anos para conquistarmos essa equidade de gênero. A medida é necessária e bem-vinda para conseguirmos acelerar esse movimento e tirar todo esse passivo de séculos de inequidade”, finaliza.

Sobre Monique Stony

Monique Stony é psicóloga e possui mais de 15 anos de experiência atuando como executiva de Recursos Humanos em organizações multinacionais e apoiando o desenvolvimento pessoal e profissional de mulheres. Faz parte do grupo Mulheres do Brasil, onde atua como mentora de carreira de jovens negras. Criou o canal @maesnalideranca no Instagram onde mostra o dia a dia, os desafios e as estratégias da mulher moderna na realização de seus objetivos pessoais e profissionais. Oferece serviços de mentoria, além de palestras e treinamentos corporativos para a liderança e, atualmente, está escrevendo um livro com o propósito de ajudar mulheres a conciliarem carreira e maternidade.

Graduada em psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mestre em Administração com ênfase em Estratégia pelo COPPEAD/UFRJ, além de ter participado de cursos internacionais de educação executiva e aprimoramento profissional em instituições como Stanford, INSEAD e Beck Institute. Monique foi reconhecida duas vezes como um dos profissionais de Recursos Humanos mais admirados do país pela Instituição Gestão RH.

Para mais informações:

www.moniquestony.com.br

https://www.instagram.com/maesnalideranca/